Vendas Novas Uma Passagem para o Futuro

Ao pensarmos
numa imagem para Vendas Novas procuramos também uma abordagem que valorizasse o
papel decisivo que a sua localização geográfica teve, tanto no seu passado, no
seu nascimento e afirmação como terra, como no seu mais recente desenvolvimento
industrial, sendo ainda um elemento nuclear da sua marcha para o
futuro.
Procurámos fixar uma mensagem e um logo que congregassem e um logo
que congregassem essa imagem de caminhada, de estrada para o futuro, como
estando estruturalmente ligada ao desenvolvimento económico do concelho e da
cidade de Vendas Novas.
O logo, um caminho que se estende até ao infinito,
abrindo o seu trilho, entre o azul e o verde que demarcam o conselho.
O azul
das reservas aquíferas que povoam o sub – solo do concelho, já que o percorrem
as bacias do Sado e do Tejo, tornando-o num dos concelhos alentejanos com
maiores reservas de água e constituindo, assim, uma grande riqueza económica e
ambiental… e o verde, para ilustrar a riqueza florestal do conselho, uma das
maiores manchas verdes de todo o Alentejo, o montado mas não só…
Poder-se-ia
mesmo dizer que o concelho se organiza fisicamente, entre verde e azul, com uma
estrada ao meio rasgando caminho para o futuro e que as suas riquezas e
mais-valias económicas ganham raízes nesses espaços explicativos do verde e do
azul, um posicionamento geográfico estratégico entre o litoral e o verde da
planície, um concelho de transição entre esses dois mundos procurando preservar
as virtualidades de ambos e que exponencia as suas próprias qualidades,
exactamente, na localização dessa estrada, com todo o futuro pela frente.
Uma
forma de marcar uma das vertentes fundamentais da politica autárquica
democrática, que dando continuidade a uma anterior directriz, levou à tomada da
decisão de implementação do PI – Parque Industrial de Vendas Novas, no ano de
1993.
Vendas Novas Cidade Jardim

Ainda na busca de outras
facetas da identidade da cidade e do concelho procuramos na gestão autárquica
depois de Abril outro elemento cerne que a caracterizasse e de vários quadrantes
chegou-nos sempre a mesma resposta:
O jardim, designação que a população
utiliza para referir o magnifico Parque Urbano inaugurado ao tempo da passagem
de Vendas Novas a cidade.
Ora aí está… Cidade jardim… para homenagear essa
obra enche de orgulho os Vendasnovenses mas, mais do que isso, para transmitir
uma consigna que se pretende defina e acalente a politica de ordenamento do
território, planeamento urbanístico e ambiental e faça dessa mancha paisagística
um emblema de beleza e qualidade, um modelo a ser repetido, nas novas
urbanizações, nos novos espaços sociais, culturais, desportivos e económicos, de
modo a espraiar aquele exemplo a todo o território da cidade e do
concelho.
Falarmos de cidade, não no sentido mais restrito do termo, mas sim
enquanto “urbe”e numa perspectiva de desenvolvimento harmonioso e sustentado.
Cabe, ainda, não esquecer nesta circunstância a tipologia de pequenas vivendas
com hortas anexas que se encontra com grande expressão um pouco por todo o
concelho.
Sem grandes referências patrimoniais, devido ao seu curto passado,
a cidade e o concelho devem apostar numa politica de ordenamento que garanta
simultaneamente, qualidade ambiental e um urbanismo de grande modernidade. Não é
uma utopia, é um desiderato central que deverá mobilizar cada um dos cidadãos e
a política autárquica durante as próximas décadas. Essa é, uma das vertentes que
o Plano Estratégico de Desenvolvimento aponta com sendo necessário dar um salto
decisivo para afirmar a competitividade do território concelhio. Elemento
estruturante a incluir no Plano de Urbanização da Cidade, no Plano Director
Municipal e no Plano Municipal de Ambiente.
Voltar, também, a referir a
mancha verde que veste o concelho e a reserva de água que veste o concelho e a
reserva de água que lhe subjaz e que, desta vez, ganham o circulo de cores em
que o logo se movimenta, com a mesma ideia de caminho rasgando entre ambas, mas
recoberto por uma implantação de árvores imaginarias, que procuram, tão só serem
belas e inusitadas simbolizando a riqueza florestal do jardim e do concelho. O
laranja entra aqui como terceira cor, vivificante, jovem, em comunhão com a
natureza.
Vendas Novas É Uma Paixão

Para fomentar e congregar
novas forças identitárias em torno da cidade e do concelho, do agora e do
futuro. Possibilitar que a juventude sinta e exprima o pulsar Vendas Novas, a
forma como ser Vendasnovense lhe toca e que tenha orgulho de o ser e de o
patentear. As práticas culturais desenvolvimento na cidade e no concelho
alimentam, também elas, essa chama já que a cultura é a matriz mais sólida para
o forjar duma identidade territorial.
Servindo como assinatura para a
juventude e para a cultura no sentido de estabelecer, uma relação próxima entre
ambas (vide exemplo da biblioteca Municipal), a expressão “É uma paixão “
pretende solidificar uma rede de acção cultural e de coesão geracional e social
que, abarcando todos os que se sintam unidos no amor pela sua terra, afirme cada
vez mais a identidade de Vendas Novas… que cumpra, enfim, um dos papais centrais
em qualquer definição de imagem: reforçe a auto-estima dos cidadãos e os laços
de reconhecimento e solidariedade entre eles.
Se Vendas Novas tem um passado
ainda restrito, afirmemos então o apego que lhe temos, apontemos as suas
potencialidades enquanto espaço carregado de possibilidades de futuro.
A sua
juventude, a sua disponibilidade, a sua liberdade, a sua abertura ao risco, à
inovação, à criatividade.
O pundonor de, partindo do nada, ter sido capaz de
chegar até aqui!
O logo – os elementos são os mesmos da “Cidade Solitária” já
que os queremos afirmar enquanto definidores do mesmo espaço, o concelho e, em
particular, a cidade de Vendas Novas, unidade territorial recente, habitada por
gente jovem (o mais jovem concelho do Alentejo e aquele em que a população mais
cresceu), espaço físico em continua e laboriosa transformação mas, que
especializar face aos territórios que lhe são adjacentes. Só o fundo muda. É
sobre azul que os mesmos elementos agora se abrem… mas, desta vez, é um azul
vibrante, pleno de promessas.
Vendas Novas Cidade Solitária

Pretende cobrir o arco
geracional e abarcar todas as classes, nos planos da acção social, da saúde e da
educação, procurando expandir a sua intervenção aos vários segmentos, das
crianças aos reformados e a todos os que, de alguma forma, são alvo de práticas
de solidariedade social, incluindo os mais desprotegidos, os desempregados, os
diminuídos física ou mentalmente. Afirma Vendas Novas enquanto concelho
solidário e saudável para que o bem estar dos mais frágeis não seja apenas
preocupação da autarquia mas de todas um dos cidadãos, individualmente tomados,
dentro daquela perspectiva tão bem cantada por Sérgio Godinho “posso eu ser
livre se outro alguém não é?!”
Enfim, que Vendas Novas tenha uma rede de
ensino, de saúde e social que proporcione uma vida organizada, saudável e
estável a todos os seus cidadãos, uma rede de coesão que permita salvaguardar as
situações de quem precisa.
O logo de “Vendas Novas Cidade Solitária “ é um
símbolo em aberto que pode funcionar através de múltiplas leituras, tanas
quantas as diferentes visões de cada olhar… uma árvore, símbolo de vida, que
rende homenagem à natureza e, em particular, aos sobreiros do montado em que
Vendas Novas se foi lentamente clareando e, bem assim, às fabricas de cortiça
que, durante anos, foram parte importante da industria local (ainda hoje se diz
que o concelho possui a melhor cortiça do pais).
Árvore que pode,
simultaneamente, ser mão e com as mãos tudo se faz, desde o muito trabalho
operário, também ele um dos elementos identitários da cidade e do concelho, à
múltipla pratica humana…
Da escrita e dos cuidados de saúde, ao simples gesto
de estender a mão a alguém que dela precise para seu amparo.
Ambos os logos
pretendem afirmar um homem solidário e em comunhão com a natureza, um homem que
faz um percurso desde que nasce e é criança, adolescente, jovem, ate atingir a
maioridade, a maturidade, a idade adulta, a velhice. Velhice que deveria ser,
como noutras sociedades, sinónimo respeito e sabedoria. Esse é o percurso que
todos nós fazemos e a condição primeira da nossa humanidade passa por
compreender esse caminho natural…
É, pois, claro que as gerações devem não só
respeitar-se, mas também partilhar visões, experiências, ensinamentos,
entreajudas concretas para que o processo de vida se cumpra usufruindo da
acumulada sabedoria de todos.
Vendas Novas Cidade Desporto

Para afirmar a vertente do
Plano Estratégico de Desenvolvimento que aponta o desporto como um dos elementos
fortes do concelho face aos elementos fortes do concelho face aos territórios
limítrofes que com ele competem. O Plano de Desenvolvimento Desportivo enquanto
nuclear da política do Município, como laço entre múltiplas variáveis que
convergem para um mesmo fim: possibilitar aos cidadãos um desenvolvimento
integral e harmonioso, um ser mais vivo, interveniente e luminoso… as estreitas
ligações entre a educação física e a saúde, entre a prática desportiva e os
laços comunitários, entre o prazer de competir e o exercício da
cidadania…
Daí o objectivo estratégico de valorizar e promover Vendas Novas
enquanto concelho e cidade desporto.
Uma continua programação ao logo do ano,
mas também a criação de condições estruturas, as já existentes e que muito
prestigiam o concelho e as que ainda falta concretizar, de modo a que tal
actividade nunca pare, se estenda a cada vez mais largos estratos da população,
e na dupla perspectiva de desporto de massas e de alta competição, atraia ao
concelho eventos e estágios desportivos de relevância regional, nacional e até
internacional, fomente o turismo desporto no concelho e contribua para
transmitir, para dentro e para fora do mesmo, a dinâmica que o define.
É
evidente a ligação discursiva com a assinatura Cidade Jardim, mas não é apenas
fraseologia. É a ligação estratégica entre uma cidade que ordena o território e
preserva o ambiente, criando assim condições para uma pratica desportiva
consequente, natural, espontânea…
Estabelece ainda um ponto de união com um
outro desiderato Municipal “Vendas Novas Concelho saudável”!
A malha de
complementaridades entre todos estes vectores é evidente.
Desporto é paz e
expressão duma saudável pratica, em que, para além de competir com outro
humanos, o homem procura, antes de mais, ultrapassar-se a si próprio,
superar-se, e com pleno prazer.
O logo parte do já anteriormente utilizado
pelo Serviço de Desporto, mas relacionando-o com os restantes logos atrás
descritos, quer no “lettering”, quer na nova identidade de cores do
concelho.
Desporto é um corpo na natureza…por isso, também aqui, não poderia
faltar um caminho que traça a paisagem, um carreiro, expressão da pressa que nos
consome, buscar a ligação mais rápida entre dois pontos, recta, curva…
Foi,
alias, dessa instante necessidade de atalhar caminhos que Vendas Novas
nasceu…
Um logo institucional, totalizante, que exprime o devir histórico, a
sua longa duração e um momento marcante para que Vendas Novas exista
hoje.
Uma assinatura de efabulação lírica para revelar que para além dos
grandes actos colectivos é, por vezes, um quase nada, um acontecimento
aparentemente sem especial relevância quem determina o sentido do futuro tal
como nesta historia de encantar.
A escolha da assinatura institucional “era
uma vez uma princesa…”e do seu logo, a Capela Real, como elementos simbólicos
explicadores do nascimento e do passado de Vendas Novas e, simultaneamente, como
elementos de atracagem no seu presente abriu caminho à afirmação de outras faces
de identidade da cidade e do concelho.
Dois logos para expressar a carácter
estrutural do ordenamento do território, do urbanismo e do ambiente como pontos
fulcrais das sociedades de hoje, da sua afirmação presente e da sua projecção
futura.
Congregam uma mesma base formal, já que ambos definem as condições do
desenvolvimento sustentado de Vendas Novas, completando-se entre si.
Dois
outros que, também eles, assumem idêntica base formal para afirmar, desta vez, o
carácter essencial da vida em sociedade.
Exprimem o lado mais humano do ser e
a relação que com a natureza mãe se estabelece. É a valorização dos sentidos,
dos sentimentos e das relações humanas sem o que a produção e a economia são
destituídas de sentido. Coração, coragem, entrega, dádiva, partilha, porque sem
elas nada feito…Um ultimo logo, para completar os dois anteriores, afirmando o
humano enquanto expressão do seu ser físico e intelectual. O desporto
completando a cultura e a solidariedade enquanto factores de cidadania, de
formação dos cidadãos e do desenvolvimento do associativismo e da cooperação
humanas.
Símbolos da modernidade da cidade e do concelho, elementos agregados
da cidadania e do orgulho se sermos Vendasnovences.
Esperamos que os
Vendasnovences os compreendam e os tomem como seus, os bens tratem, defendam e
divulguem porque Vendas Novas é, para alem da vontade da autarquia, das
instituições, das empresas e das associações, aquilo que cada um de nós
entender, isto é, esta nossa terra será no futuro parte importante daquilo que
hoje estivermos dispostos a sonhar e a fazer por ela. Vendas Novas, será pois, o
que todos nós dela soubermos fazer, fizermos!